quarta-feira, outubro 25, 2006

REFLETINDO SOBRE ALGUMAS MANIFESTAÇÕES DA ANGÚSTIA PESSOAL EM NOSSOS DIAS,AO LONGO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
É possível viver sem angústia pessoal?

July Mary Rolim Cordeiro
Psicóloga,assistente social, aluna do curso de pós-graduação,– Especialização em Intervenções Clínicas. Artigo apresentado à professora Ana Lúcia Francisco, da disciplina Cultura e Subjetividade

Resumo: Análise da situação psicossocial contemporânea no que se refere à manifestação da angústia do ser humano em suas diversas fases do desenvolvimento. Para isto serão seguidos os passos de reflexão acerca de uma pessoa desde o ventre materno até sua velhice. Seja qual for o período da vida em que ela se encontre, será bastante difícil não estar às voltas com algum tipo de angústia. Levando em conta as promessas da Modernidade de que a tecnologia e o uso da razão dariam “vida nova” ao ser humano, o que se percebe hoje em dia é a frustração de uma promessa não cumprida no que se refere a torná-lo feliz pela elasticidade de seus limites de comportamento até então regidos pelo rigor religioso e cívico. Muito pelo contrário, a ausência de proteção e parâmetros trouxe consigo a violência desmedida, as doenças psíquicas crônicas, a massificação do sujeito globalizado. Resta à clinica favorecer a presença ética do terapeuta de tal forma que a singularização do ser humano não seja massacrada pela inevitável coletividade em que ele vive, pela cultura da qual ele, queira ou não, faz parte.

Palavras-chave: Angústia. Modernidade. Ética.

Se há uma coisa de que o homem foge ou tenta fugir desde sua existência (quer de modo universal, quer individualmente) é da angústia. O dicionário da língua portuguesaa define como aflição intensa, agonia; ou, na linguagem psicanalítica de Lacan poderia ser dita: ausência do objeto. Dentro desta perspectiva a angústia seria a mola propulsora dos atos humanos, já que esta falta estaria sempre tentando ser preenchida por seu portador.

Antes mesmo de nascer, o bebê já recebe muito da carga emocional trazida pela mãe, na forma de hormônios que colaboram para que ele compartilhe, involuntariamente, dos bons e maus momentos vivenciados por sua genitora: assim nos diz a ciência.
Ao nascer o ser humano não sobrevive sem o amparo, o cuidado de alguém, não cabendo aqui analisar a qualidade deste cuidado. Estamos falando de sobrevivência. Do ponto de vista emocional, poderíamos dizer que estamos, na maioria das vezes, sobre-vivendo. Dito de outro modo, os que não ficaram doentes ou loucos, e também estes, estão mergulhados, de uma forma ou outra, em algum tipo de angústia.
Senão vejamos, na infância, de que tantos adultos dizem não querer nunca ter saído – provavelmente por não se lembrarem do sentimento de impotência vivenciado por uma criança, em seu desejo constante de ser “grande para fazer o que quiser”, poder ditar as próprias regras, etc.
Aí vem a adolescência, fase de angústia por excelência, sobretudo por não se saber grande nem pequeno, quase sempre o sentimento de ser ou estar inadequado aos ambientes e tarefas. Deixar os mimos da infância e não ser julgado suficientemente responsável para o que quer realmente fazer, o adolescente sobretudo sofre. Fica jovem e imagina que pode ser feliz, mas não sabe como seguir aquele conselho dos mais velhos: “Aproveite a sua juventude”. O que significa exatamente isto?
Enfim cada fase da vida tem seu próprio sofrer. Sendo adulto, menos inseguro (espera-se), quanto mais se adquire experiência, menores são as forças físicas até chegar a velhice, onde se volta a ser frágil fisicamente, quase como um bebê, em certos casos. Não há como fugir da angústia.

Até o século XIX e início do século XX, a disciplina, a ordem, a obediência, o autocontrole eram tidos como meios para se atingir um fim: o progresso, o sucesso – pessoal, profissional, nacional. A religião e a ciência ditando muitas coisas; a ciência expandindo-se como saber ditador de conhecimento irrefutável; a religião perdendo parte do seu poder social. A certa altura da história, começou o homem a achar que estava sendo muito tolhido, as crianças traumatizadas.
Foram surgindo revoltas contra tantas regras: sociais, religiosas, governamentais. Afinal elas eram fonte de sofrimento. Vamos buscar solução para isto.
Duas medidas foram tomadas, grosso modo: aprimorou-se uma busca incessante da ciência para facilitar a vida do ser humano em sua existência, dos maiores aos mínimos detalhes, ao alcance do bolso de cada um (e haja propaganda publicitária para incentivar as compras compulsivamente); e o abandono paulatino das normas que até então tinham sido passivamente aceitas com a valorização que se dava aos ensinamentos religiosos e civis.

Está rápido o raciocínio? Mas é que foi mesmo muito rápido o progresso tecnológico advindo com a Revolução Industrial, ponto marcante da Modernidade; e as mudanças comportamentais desde então tentam acompanhar o mesmo ritmo, na busca frenética de aliviar a angústia. Ledo engano.
O que se observa é que o que costumava gerar angústia em conseqüência do sentimento de desamparo parece ter mudado apenas de configuração, ou seja, ela não deixou de existir absolutamente. Uma das coisas que se nota no homem moderno e pós-moderno, antes neurótico e agora partindo para a perversão, é que de tanto poder tudo, ou querer poder tudo, poderia ser comparado a um carrinho sem freio descendo uma ladeira. Não sabe como será daqui para frente, ou melhor, para baixo.
O fascínio da velocidade inicial é agora o agente do desespero do descontrole. Cada um por si, Deus por todos é a nova ordem. O Estado não gere mais em benefício do cidadão. Este, então, vê-se largado à própria sorte. Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, de repente teme a própria insuficiência perante mudanças tão assustadoramente rápidas, com tantos recursos ao seu dispor.
Mais uma fonte de angústia, muita angústia, agora em forma de fobias, síndrome do pânico, melancolia, somatizações, baixa auto-estima, depressão, em todas as idades.
Criança também tem depressão? Agora tem. Afinal todo sintoma comunica questões de sua época. Na contemporaneidade não há mais limites para nada: das “boas” coisas e das “ruins”.
Para as crianças, por exemplo, entre as “boas” coisas estariam os prazeres desenfreados (comer – frituras, guloseimas sem fim, engordando e tirando a saúde; brincar e assistir televisão sem ter hora para estudar) com a conivência dos adultos. As crianças parecem, muitas delas, Pinóquios que não querem ser meninos. Não há uma fada madrinha que mostre “o que deve ou não ser feito”, ou seja, os limites. Nem há a culpa de deixar o “Gepeto” desapontado com sua irresponsabilidade. Afinal, não é tão engraçadinho vê-los fazerem o querem? Entre as coisas “ruins” estão as agressões de toda sorte, principalmente dirigidas àqueles que lhe dão “tudo”, menos regras. Por isso mesmo seus pais não entendem de onde vem tanta revolta. Uma criança que faz o que quer torna-se uma tirana dos pais, que agora indefesos correm aos consultórios para saber o que fazer com seus filhos rebeldes, agressivos, desobedientes, desleixados e por aí a fora. A continuar assim a delinqüência rima fácil com adolescência, questão de tempo.

Desde o início, o bebê não tem mais hora para mamar, é quando chorar, diz o pediatra. Os pais não sabem mais o que fazer para agradar o recém-nascido, o bebê, o filho, o rapaz, a moça, dentro de casa, com adolescência tardia até os 30 ou 40 anos – já se fala niss. Dependência física, financeira, emocional dos pais.
Mas não só os jovens fazem o que querem, sobretudo os atos danosos a si mesmos e à sociedade. Os próprios chefes das nações e seus auxiliares políticos roubam deslavadamente os cofres públicos, envergonhando qualquer modelo de autoridade e retidão, tão pregados e valorizados antes da modernidade.
A referência passa a ser o si-mesmo, tendo principalmente no corpo um paradigma de subjetivação. Faz-se o que se quiser com ele: culto ao físico, tatuagem, pirsen, anorexia, bulimia, aborto, promiscuidade... Neste poder fazer o que se quer, os pais não têm autoridade sobre os filhos, com medo de magoá-los e estes, por sua vez, não julgam necessária a satisfação de avisar o que fazem de suas frágeis vidas: aonde vão, com quem, a que horas voltam, etc. Informações demais a serem dadas, ou melhor, negadas; para angústia de seus pais, diante de um mundo tão assoberbado pela violência – largamente noticiada pelas manchetes de jornais escritos e falados (espetacularização do sofrimento, banalização do mal - más notícias têm maior audiência, dão maior lucro aos comerciantes; quem se importa com a exposição pessoal dos que são filmados e/ou fotografados em tempo real?).

Em suas idas e vindas, as relações amorosas dos jovens, e até de muitos adultos, não precisam mais ser estáveis. O “ficar’ significa a não estabilidade do compromisso. Que compromisso? O momento presente é o que importa. Pensar no passado é doloroso, o futuro não apresenta perspectivas, contribuindo para depressões de diversos níveis; resta o presente, o aqui e agora. Fica-se. Sem responsabilidade. Surgem novos filhos, filhos de pais descompromissados um com o outro e com a criança, que sofre o abandono e a falta de cuidados de quem os gerou; ou sobrecarregam os avós, que não conseguiram dar limites aos seus filhos e muito dificilmente os darão aos netos. Círculo vicioso iniciado, difícil de romper.

Na tentativa de fugir da determinação de suas escolhas pelos adultos, os jovens de hoje acabam envolvendo-se impensadamente com quem estiver à vista, ou escondido na tela da internet, e quando menos esperam, estão com quem não escolheram e não raras vezes se sentem confusos e angustiados por causa disto.
Há um desenho de humor negro que traduz muito bem esta situação: “A Noiva Cadáver”, vale a pena assistir, não pela trama, que é bem simplória, mas pela mensagem. O rapaz, que era inseguro e não conseguia fazer corretamente os proclamas matrimoniais para sua rescém-amada, exigência social de sua época, acabou, por acaso, se casando com uma defunta, ao declarar-se “corretamente” para um galho do cemitério, que não sabia ser uma noiva à sua espera.
Há diversas considerações que se poderia fazer acerca do filme, mas aqui não cabe uma crítica cinematográfica. Vale a pena, no entanto, ressaltar, que de brincar com os sentimentos um do outro, para não ficar sozinho, o jovem termina se angustiando ainda mais. Fazer tudo o que lhe dá na cabeça, sem necessitar do consentimento de ninguém não traz a felicidade sonhada, pelo contrário, costuma dar a sensação de falta de cuidado de alguém que possa “responder” por eles. Os pais de meia idade de nossos tempos atuais sofreram o massacre da rigidez de seus próprios pais e não tiveram coragem de repassá-la aos seus filhos. E na tentativa de fazer diferente, exageraram na dose. Hoje em dia são tiranizados, muitos deles, por seus próprios filhos que, coitadinhos, não podiam ser traumatizados. Quando trabalham o dia todo, pai e mãe, mesmo sem poder, compram ou tentam comprar tudo o que seus filhos lhes solicitam, dividindo em prestações facilitadas pelo mercado. Esta é mais uma fonte da falta de limites da pós-modernidade: as compras, necessárias e supérfluas, sensação de tudo poder; e quando não se pode, faz-se um crediário, com muito orgulho, ou um empréstimo, não importa. O que interessa é agradar os filhos ou a si mesmo e ter mais e mais. O ser não está muito em moda. Ter vale mais. Quanto mais melhor, indefinidamente, não se contam sequer os meios para conseguir o que se deseja. Estamos agora falando de violência: ética, psicológica, moral, sexual, física. Estamos falando de insegurança para ficar ou sair de casa, de roubo, assalto, seqüestro, medo, pânico, stress pós-traumático, terror noturno, enurese, descontrole. Angústia.

Jovens ou adultos, geridos por si mesmos e não mais por uma instituição externa que os proteja (quanto à segurança, saúde, economia, etc.), nem que possa ser apontada como portadora de uma possível culpa, o homem moderno e pós-moderno vê-se encurralado no próprio narcisismo e na síndrome de insuficiência, uma vez que a vida mostra os limites e estes são vividos como fracasso pessoal. Isto tudo é bem angustiante, pois gera o sentimento de desproteção, desconfiança, fragilidade, descrença generalizada...
Sem falar nos idosos atuais, descartados completamente do mercado de trabalho, que além de terem trabalhado toda a vida, tiveram seu direito de aposentadoria vilipendiado na época mais crítica de suas vidas. As regras do jogo mudaram depois que eles não podiam fazer mais nada por si mesmos, de modo a desfavorecê-los. E ainda assim há muitos idosos que são explorados por impiedosos netinhos ou mesmo pelos seus filhos no que diz respeito ao usufruto de sua recatada contribuição financeira para a família. Dá pra fugir da angústia?

E olhe que aqui não estamos falando dos mais excluídos da sociedade: pobres, analfabetos, negros, deficientes físicos, doentes mentais e psiquiátricos, homossexuais, índios, etc. Aliás, a inclusão desta camada da sociedade tem se dado, no Brasil, via decreto, de modo que vagas reservadas para quem quer que seja, nas universidades e concursos públicos, só agravam ainda mais a discriminação sobre eles, como que a rotular-lhes de incompetentes. Ao invés de proporcionar-lhes meios de concorrência que lhes fortaleça na base de seus conhecimentos, exige-se menos em sua pontuação. Isto não é descriminar às avessas? Poderá alguém erguer sua cabeça diante dos colegas de trabalho, tendo entrado num concurso porque é negro ou deficiente físico? Não será esta mais uma forma de violência social? Para ambos: quem porta a deficiência e para quem não tem este triste privilégio?...

E ao cidadão comum, menos excluído, resta a angústia constante da concorrência do mercado de trabalho, da necessidade infinita de atualização sempre e novamente ultrapassada por novos conhecimentos. O sentimento de valer pelo que se faz e não pelo que se é. Haja compulsão a trabalhar, a comer, a fumar, a fazer qualquer coisa que de tão automático, retire o ser humano do tempo necessário para pensar no sentido de sua existência e no que está fazendo de sua vida. Uma angústia encobrindo outra, poderia-se dizer.

Volto agora à pergunta inicial: é possível viver sem angústia?

É desta demanda que vive a clínica psicológica. E este trabalho não é isolado, mesmo entre quatro paredes, pois é e pode ser revolucionário, na medida em que mexe nas relações de poder interpessoais de cada caso. Na verdade, o atendimento psicológico clínico, independentemente em que ethos se baseie, irá à busca de um sentido ao vivido, menos angustiante e desestabilizador, quer passado ou presente e até mesmo do que almejar no futuro. Quem vai à clínica, vai movido pela dor, pelo sofrimento, que em geral envolve os que o rodeiam ou rodearam. Vai queixar-se de si mesmo e/ou de alguém, de uma situação na qual não saiba como fazer para sentir-se melhor. Tantos há que resolvem, em terapia, tomar as rédeas da própria vida que antes parecia estar largada nas mãos de seu “algoz”. E para tentar compreender ou pelo menos se aproximar daquele que pede ajuda, faz-se mister ter ao menos uma vaga noção do que se passa ao seu redor, ao nosso redor, porque o que acontece com cada um de nós não é solto no vácuo.
A concepção que temos do homem hoje é de que ele é processual, ou seja, afeta e é afetado por tudo que o cerca. Temos uma historicidade, uma mútua interferência entre cultura e subjetividade; não há como negar isto, abstrair toda a realidade circundante de um sujeito, na tentativa de ajudá-lo. Isto seria alienação. Por isto faz-se necessário rever teorias psicológicas.
Com a hipertecnologia em que vivemos na contemporaneidade, também a clínica tende a ser atingida, ou seja, inclina-se a se preocupar com a técnica, os procedimentos, classificações, etc. A proposta atual é de se largar a clínica da técnica e se dedicar à clínica da ética[10], preocupada com o modo de viver da condição humana. Torna-se papel do terapeuta, diante da massificação social em que vivemos, dar suporte para aquele que vem à sua procura, a fim de que este possa assumir a própria subjetividade; e não se renda de modo a se anular diante da coletividade. E sobretudo para tentar evitar que ele adoeça na tentativa de driblar sua dupla natureza: individual e coletiva.

Cada geração tem seus problemas específicos e é preciso criar soluções, construir um sentido a partir das experiências vividas, ou seja, perceber-se capaz de fazer escolhas. Hoje vivemos um conflito próprio do período de transição entre a modernidade e a pós-modernidade.
Na clínica entendemos que, quando não conseguimos elaborar, compreender, lidar enfim com os conflitos, tendemos a transformá-los em sintomas; ou em mecanismos de defesa, a depender do modo de encarar a vida. Ser terapeuta é também isto: acreditar que as pessoas podem mudar seu modo de estar no mundo. Por isto têm sido tão gratificantes estas reflexões para quem as escreveu. Elas trazem a satisfação e o privilégio de pensar sobre a vida, do ponto de vista psicológico, social, antropológico, filosófico, entrelaçados de uma forma que, quando menos se espera, vê-se a autora enlaçada pela convicção de que seu agir, ou não agir, é importante, relevante, transformador ou conivente, numa palavra: político, dentro da clínica, ou fora dela. Isto sim é empolgante: fazer parte do que possa tentar aliviar a angústia de outrem, mesmo e principalmente neste mundo pós-moderno, tão perturbador da alma humana. Com certeza, este sentimento de favorecer a mudança na postura de alguém que sofre, ao contribuir para a emersão da sua singularização, e até mesmo dos que o rodeiam, parece ser uma gratificante maneira de driblar a própria angústia. Colocá-la entre parêntesis nos momentos de declinar-se, como se diz na clínica, diante dos que buscam alívio do seu modo de viver. Esta está sendo uma das minhas formas de lidar com a angústia, quais serão as suas?
Bibliografia consultada:

1. BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 7ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
BIRMAN, Joel. Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação – 2 ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
CUNHA, Eduardo Leal. Cadernos do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos: A Clínica como Prática Política: Por uma política da Fantasia. Ano 3, nº 3 – Outubro de 2003
4. DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
5. FIGUEIREDO, Luis Cláudio. Modernidade, trauma e dissociação: a questão do sentido hoje.
GONDAR, Jô. Cadernos do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos: A Clínica como Prática Política. Clínica, Desejo e Política. Ano 3, nº 3 – Outubro de 2003
7. LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da Psicanálise. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14.ed.- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.
LINS, Daniel (Org.). Cultura e Subjetividade: Saberes Nômades. Campinas, São Paulo: Papirus Editora, 1997.
MARTIRNS, André. Cadernos do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos: A Clínica como Prática Política: Sobre a autonomia do paciente: a clínica psicanalítica como prática política. Ano 3, nº 3 – Outubro de 2003
MCLMAN, Charles. O homem sem gravidade. Gozar a todo custo. Tradução para uso exclusivo do grupo do CEF-Recife.
PERES, Urânia Tourinho. Mosaico de Letras: ensaios de psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Escuta, 1999.
13. POIAN, Carmem Da. A psicanálise, o sujeito e o vazio contemporâneo. Conferência proferida em 5 de abril de 2000, na abertura do Ciclo de Debates “Inquietações Contemporâneas, promovido pelo Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro.
14. REIS, Eliana Schueler. Cadernos do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos: A Clínica como Prática Política: É possível continuar a ser sem ficar pequeno? Ano 3, nº 3 – Outubro de 2003
ROCHA, Zeferino. “O Problema da violência e a Crise ética de nossos dias”. In Síntese. Revista de Filosofia. Belo Horizonte. Volume 28, nº 92 (2001).
ROLNIK, SUELY e GUATTARI, Feliz. Micropolítica. Cartografias do Desesjo. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1986.
SANTOS, Boaventura de Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 2ª Ed.,: São Paulo: Cortez Editora, 1996.
SILVA, Leonardo. Adolescência. Portal Abril. Universidade Federal de Minas Gerais, 6º período. Disponível em http://www.medstudents.com.brhtml. Acesso em 25/07/06
SCHNITMAN, Dora Fried. (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médcias, 1996.
20. XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ediouro.
21. ZAGURY, Tânia. Limites sem trauma. 47ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2002.



[1] Assistente Social, Psicóloga, aluna do curso de pós-graduação – Especialização em Intervenções Clínicas. Artigo apresentado à professora Ana Lúcia Francisco, da disciplina Cultura e Subjetividade
[2] XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ediouro.
[3] LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da Psicanálise. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
[4] BEE, Helen. A criança em desenvolvimento.7ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
[5] ROCHA, Zeferino. “O Problema da violência e a Crise ética de nossos dias”. In Síntese. Revista de Filosofia. Belo Horizonte. Volume 28, nº 92 (2001).
[6] Marcada, sobretudo, pela tecnologia, racionalidade, ordenação do mundo; busca de estabilidade, com limites bem definidos e referências bem claras, enfatizando a disciplina e o adiamento do prazer. Divisão sujeito-objeto, corpo-alma, objetividade, subjetividade, etc.
[7] Charles Mclman vem nos dizer que “A clínica da contemporaneidade não é tanto a clínica das neuroses, mas a clínica dos estados-limites” (in: O Homem sem gravidade).
[8] SILVA, Leonardo. Adolescência. Portal Abril. Universidade Federal de Minas Gerais, 6º período. Disponível em http://www.medstudents.com.brhtml. Acesso em 25/07/06
[9] Marcada subjetivamente pela desestabilização da alma humana por mudanças muito rápidas; referências destituídas de sentido porque apontadas pelo mercado, controlando a vida (não mais a disciplina).
[10] Que busca resgatar a singularidade, historicidade de cada um, não os procedimentos e interpretações.

Nenhum comentário: