terça-feira, setembro 29, 2015

Bem-vindo (a), carinhosamente minha saudação!





Papa Defende Bebês em Gestação,Família    Natural em Discurso na ONU

By Susan Yoshihara, Ph.D. | September 28, 2015

NOVA IORQUE, EUA, 25 de setembro (C-Fam) Líderes mundiais irromperam em aplauso 27 vezes durante o discurso do papa na Assembleia Geral daONU hoje, inclusive quando ele pediu a defesa do “direito à vida,” e chamoua família a “principal célula de qualquer desenvolvimento social.”
Ativistas pró-vida e pró-família acolheram o discurso como uma melhoria nas referências mais sutis às suas causas durante o discurso do papa no Congresso dos EUA. Robert Royal, presidente da entidade Cultura da Vida,chamou o discurso na ONU de uma defesa forte e explícita da vida humana e do casamento natural, embora as palavras “aborto” e “homossexualidade” não tivessem sido usadas. Royal faz parte da diretoria do C-Fam, que publica o Friday Fax.
Na ONU, o Papa Francisco deu vários exemplos de como aplicar os quatroprincípios do ensino social católico — o bem comum, a solidariedade, a subsidiariedade e a dignidade humana — que ele mencionou explicitamente durante sua fala ao Congresso. Com relação à subsidiariedade, ele argumentou em favor do “direito prioritário da família de educar seus filhos,” e uma rejeição à “elite todo-poderosa.”
Ele condenou a “colonização ideológica” como ele havia feito na encíclica Laudato Si, numa referência ao ato de estabelecer como base que a ajuda aos países pobres fique condicionada à aceitação deles do controle populacional e outros focos ofensivos ao seu povo e contra as leis nacionais como direitos homossexuais.
Em todo o seu discurso, o papa entrelaçou sua defesa característica do meio-ambiente com a necessidade de acabar com a exclusão social e construir solidariedade. Várias vezes em toda a fala de 40 minutos ele ligou a biologia dos seres humanos à da natureza. “Qualquer dano feito ao meio-ambiente, pois, é dano feito à humanidade,” o papa disse. 
Em Cuba na segunda-feira, ele chamou o aborto de bebês deficientes como um exemplo da “cultura do descarte,” o que ele chamou na ONU de “um desperdício crescente e silencioso da cultura.”
Em certa altura o papa indicou que a defesa da vida deve vir na frente da fala do meio-ambiente: “O lar comum de todos os homens e mulheres deve continuar a se levantar no alicerce de uma compreensão correta da fraternidade e respeito universal à sacralidade de toda vida humana,” inclusive “os bebês em gestação” e acrescentando que deveria “também ser construído em cima da compreensão de certa sacralidade da natureza criada.”
De modo semelhante, ele ligou a defesa do casamento natural à própria natureza. Embora elogiasse a codificação jurídica da ONU em documentos escritos como um das “realizações comuns mais importantes” da ONU, ele invocou a lei natural, o que ele chamou de “uma lei moral escrita na própria natureza humana, uma lei que inclui a diferença natural entre homens e mulheres,” como também exigindo “um respeito absoluto à vida em todas as suas fases e dimensões.”
De modo oposto, ele lamentou a promoção de “direitos falsos” e disse que “nenhum indivíduo humano ou grupo pode se considerar absoluto, ter permissão de ignorar a dignidade e direitos de outros indivíduos ou seus agrupamentos sociais.” Nisso ele ecoou seu predecessor, o Papa Bento 16, que fez menção, em seu discurso de 2008 na ONU, da tentativa de colocar os direitos humanos, tais como os direitos de uma mãe e criança, em rivalidade um contra o outro numa competição falsa que deixava as elites decidirem qual vence.
Embora o papa tivesse mencionado prescrições políticas explícitas tais como as Metas de Desenvolvimento Sustentável e as conversações de mudança climática que ocorrerão em Paris, ele não as endossou especificamente. Em vez disso ele as chamou de um sinal de “esperança.” Ele alertou contra a “tagarelice vazia” de estabelecer metas, mas não fazer diferença real na vida de “homens e mulheres reais que vivem, lutam e sofrem.”

Tradução: Julio Severo
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domingo, junho 21, 2015

Bem-vindo (a), carinhosamente minha saudação!


Cuba: o Pastor dá a vida pelos Lobos 21 de junho de 2015

Armando F. Valladares (*)
Cardeal OrtegaO cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino [foto], ao longo de seus 34 anos à frente da arquidiocese de Havana, transformou-se em um dos maiores e mais indispensáveis defensores do regime comunista. Em 5 de junho pp., o cardeal Ortega, em entrevista à emissora espanhola Cadena Ser, afirmou que “em Cuba não restam presos políticos” e que os indultados por ocasião da visita de Bento XIV à ilha-cárcere, em 2012, já eram simples “presos comuns” (“Diario de Cuba”, 07 de junho 2015).
As declarações cardinalícias causaram consternação nos opositores cubanos. O ex-preso político Ciro Alexis Casanova Pérez, que foi considerado “prisioneiro de consciência” pela Anistia Internacional, declarou com indignação que essa afirmação do cardeal Ortega sobre a suposta inexistência de presos políticos em Cuba “é uma total mentira”, e o incriminou por se dedicar a “apoiar a ditadura dos irmãos Castro” (“Diario de Cuba”, 11 de junho de 2015).
Desde Cuba, o jornalista independente Mario Félix Lleonart assinalou: “Beira o enigmático como alguém na posição deste homem se preste a asseverar algo que ninguém acredita absolutamente, e que não lhe fez nenhum favor, nem à Igreja que representa, nem a si mesmo. É óbvio que tão desatinada declaração lança por terra toda a doutrina social da Igreja que é chamado a respaldar e a praticar” (14 y Medio, 12 de junho de 2015).
O ex-preso político Daniel Ferrer, que foi declarado prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional, lamentou desde a ilha: “Negar que em Cuba haja presos políticos é mentir cinicamente e um seguidor Daquele que morreu crucificado para salvar a humanidade e defender os humildes, discriminados e perseguidos, não deveria se comportar de tal forma. O cardeal Ortega não resulta ser um ‘Bom Samaritano’ (S. Lucas 10, 25) quando nega a existência de presos políticos, quando não condena abertamente as flagrantes violações aos direitos fundamentais dos cubanos, inclusive os direitos dos católicos, e quando minimiza conscientemente a importância do trabalho dos que lutam com amor pela liberdade, a justiça e o bem-estar da nação” (“Religión en Revolución”, junho de 2015).
Ada María López CaninoUma integrante do movimento “Damas de Branco”, Ada María López Canino [foto], que no domingo 7 de junho pp. foi agredida e ferida em Havana por turbas castristas, declarou: “Eu pergunto ao cardeal, por que (para citar dois exemplos) Ángel Santiesteban está cumprindo uma longa condenação, e por que Danilo Maldonado está encarcerado como preso político? Eu quero saber, se eles não são presos-políticos são o que? As Damas de Branco marchamos pedindo a libertação dos presos-políticos em Cuba. E essas fotos que nós apresentamos, de onde as tiramos se não são as fotos dos presos-políticos que estão nas masmorras castristas? O que pretende dizer, que nós mentimos? Que me perdoe, mas é um mentiroso, deveria se chamar Raúl Castro, não cardeal Ortega” (Cubanet, 10 de junho de 2015).
Por sua parte, a Comissão Cubana de Direitos Humanos disse que as declarações do Cardeal não têm a ver com a realidade do país. “Agora mesmo, há mais de 50 presos-políticos” (“Radio Martí”, 08 de junho de 2015).
Na realidade, é difícil saber o número de presos-políticos em Cuba, porque o regime constantemente detém e condena opositores muitas vezes incriminando-os por delitos comuns, para ocultar que se trata de perseguições políticas. Segundo a filosofia totalitária do regime e de acordo com as disposições da Constituição e do Código Penal sobre as liberdades de religião e expressão, elas somente se toleram na medida em que não se oponham à ideologia comunista. Trata-se então de uma ilha-prisão cujos 12 milhões de habitantes poderiam ser considerados como “prisioneiros de consciência”, subjugados por um implacável torniquete jurídico-político-policial.
Recentes “solturas” de presos-políticos da ilha estão sendo amplificadas por grandes meios de comunicação, e por altos líderes políticos e religiosos como atos de liberalização do regime. Entretanto, os opositores já fizeram notar que na linguagem “jurídica” cubana termos eufemísticos como “soltura” e “licença extra-penal” significam “liberdades condicionais”, cosméticas, que na atual conjuntura servem para facilitar as negociações com o presidente Obama e para não desacreditar o mentor dessas negociações, o Papa Francisco. Alguns recentes “libertados” estão sendo ameaçados pelos órgãos de segurança de que a qualquer momento podem voltar à prisão para continuar pagando por seus “crimes” contra o Estado comunista. A outros “libertados” se lhes reteve toda a documentação, e ficam em uma espécie de limbo jurídico, como párias dentro da sociedade comunista (La Vanguardia-Europa Press, 09 de janeiro de 2015).
Na realidade, todas essas fraudes e farsas castristas são conhecidas pelas embaixadas em Havana e pelas chancelarias do mundo inteiro, especialmente pela secretaria de Estado dos Estados Unidos e pela secretaria de Estado do Vaticano. O mesmo botox publicitário que agora o regime aplica novamente por ocasião das negociações com os Estados Unidos, e em função da próxima visita do pontífice Francisco, já havia sido aplicada nas vésperas das visitas papais de João Paulo II e Bento XVI. Não obstante, mantém-se um misterioso silêncio sobre essas farsas do regime cubano. E o cardeal Ortega continuou e continua, como se não ocorresse nada, como Pastor do desditoso rebanho católico cubano.
Talvez nunca antes na História tantos dirigentes mundiais convergiram para salvar uma ditadura do naufrágio, como é o caso do regime castrista. Os cubanos dentro e fora da ilha que dedicamos nossas vidas a lutar, no plano das idéias, pela liberdade e dignidade de Cuba, estamos dispostos a continuar desmascarando as manobras da ditadura castrista e analisando publicamente as atitudes de seus altos protetores, esperando contra toda esperança (Epístola aos Romanos, 4-18 e 19).
No caso do cardeal Ortega, por sua longa trajetória de décadas de atitudes pró-castristas, estamos ante um Pastor disposto a dar sua vida pelos Lobos, e não pelo rebanho a ele encomendado, que encontra-se indefeso, órfão e desamparado.
É preciso dizer: todo este drama cubano, de quase seis inimagináveis décadas de injustiça, miséria comunista e sangue, desenvolve-se ante a Indiferença, com I maiúsculo, de boa parte da opinião pública mundial, assim como ante a pertinaz e enigmática Colaboração, com C maiúsculo, de considerável número de dirigentes e elites do mundo inteiro.
Que o bom Deus, ao qual neste momento recorro clamando por Justiça, ajude o indefeso, órfão, desamparado, maltratado e dizimado rebanho cubano e remova a Indiferença mundial sobre esse drama inimaginável.
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Armando_Valladares(*) Armando Valladares, escritor, pintor e poeta, passou 22 anos nos cárceres políticos de Cuba. É autor do best-seller “Contra toda esperança”, onde narra o horror das prisões castristas. Foi embaixador dos Estado Unidos ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU sob as administrações Reagan e Bush. Recebeu a Medalha Presidencial do Cidadão e o Superior Award do Departamento de Estado. Escreveu numerosos artigos sobre a colaboração eclesiástica com o comunismo cubano e sobre a “ostpolitik” vaticana sobre Cuba.
Pode-se ler o mais recente desses artigos, em espanhol e em inglês, nos seguintes links:
Francisco, el nuncio y el tirano
http://www.cubdest.org/1506/c1505castrorom.htm
Francis, the nuncio and the tyrant
http://www.cubdest.org/1506/c1505castroromen.htm
(Este artigo pode ser difundido livremente, em qualquer meio de comunicação, sem necessidade de consulta prévia, opiniões, pedidos de subscrição, remoção, etc., podem ser enviados a armandovalladares2012@gmail.com



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